O Banco Central detectou aceleração da atividade econômica no período de janeiro a março
A intituição informou nesta segunda-feira (19) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 1,3% no primeiro trimestre deste ano.
O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com o quarto trimestre de 2024.
Os números foram divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central mostra aceleração da economia. Isso porque, no quarto trimestre deste ano, o IBC-BR teve uma expansão menor, de 0,5%.
O crescimento do IBC-Br no 1º trimestre 2025 foi o sexto resultado positivo seguido. A última retração do indicador foi registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,7%).
Os dados do Banco Central mostram que a agropecuária foi o principal “motor” do ritmo de crescimento da economia nos três primeiros meses deste ano. Veja os números do desempenho setor por setor:
Agropecuária: + 6,1%
Indústria: + 1,6%
Serviços: + 0,7%
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 30 de maio.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem estar social.
Apesar dos bons números do primeiro trimestre, o mercado financeiro e o Banco Central projetam um ritmo mais lento para a economia neste ano.
O mercado estima um crescimento de 2,02% em 2025, contra 3,4% no ano passado. O BC projeto uma expansão de 1,9% neste ano.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, avaliou, no fim de maio, que há sinais de desaceleração da economia, mas que eles ainda são muito iniciais e que é necessário manter vigilância sobre o comportamento dos preços.
O BC tem dito claramente que uma desaceleração, ou seja, um ritmo menor de crescimento da economia, faz parte da estratégia de conter a inflação no país. Avalia que isso é um “elemento necessário para a convergência da inflação à meta [de inflação, de 3%]”.


