Celulares roubados encontrados com a quadrilha. (Foto: SSP/SP)

A Polícia Civil de São Paulo realiza na manhã desta terça-feira (4) a fase final da Operação Mobile Strike, voltada ao desmonte de uma organização criminosa especializada na receptação de celulares roubados e furtados. Foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão, além de ordens de prisão temporária em São Paulo, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mauá, Suzano e Hortolândia.

De acordo com as investigações, o grupo atuava com estrutura hierarquizada e divisão de funções. Participavam da rede desde os responsáveis pelos furtos — chamados de “roubadores” — até intermediários e revendedores que abasteciam o comércio clandestino, inclusive com envio de aparelhos ao exterior. A estimativa é de que a quadrilha movimentasse entre 20 e 30 celulares por dia.

A ofensiva mobiliza cerca de 110 agentes. Os suspeitos detidos e o material apreendido estão sendo encaminhados ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A operação é resultado de três meses de apuração, com uso de tecnologias de monitoramento e cruzamento de dados. Segundo a corporação, o objetivo é enfraquecer os elos responsáveis pela circulação e revenda dos aparelhos, atingindo o mercado paralelo de celulares roubados.

A Mobile Strike integra uma ação mais ampla contra redes envolvidas na receptação e revenda de dispositivos, atividade que, segundo a polícia, fomenta outros crimes patrimoniais. A etapa atual mira o núcleo financeiro e logístico da quadrilha.

A ação é coordenada pela Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio (Disccpat), da 2ª Delegacia de Intervenção Estratégica, com apoio da Divisão de Investigações sobre Furtos e Roubos de Veículos e Cargas (Divecar) e da Guarda Civil Metropolitana (GCM).