Joaquim José Marques Mattar*
Hoje em dia, se uma empresa quer sobreviver no mercado, não basta apenas oferecer bons produtos ou serviços. A sustentabilidade virou regra do jogo e quem não se adapta perde espaço – e dinheiro! A demanda por produtos ecológicos, tecnologias limpas e certificações ambientais só cresce, e ignorar isso pode custar caro.
Grandes organizações, como a ONU, OMC (Organização Mundial do Comércio), Acordo de Paris e OMS (Organização Mundial da Saúde), já deixaram claro que querem um mundo mais verde.
O impacto é real: empresas que se recusam a adotar práticas sustentáveis veem sua valorização despencar e enfrentam dificuldades para conseguir crédito.
E os números provam isso. Estudos mostram que a demanda por produtos certificados cresceu 35% nos últimos cinco anos, enquanto companhias que ignoraram essa tendência sofreram queda de até 40% na participação de mercado.
No Brasil, a B3 – a Bolsa de Valores – já considera a sustentabilidade um critério importante para avaliar empresas.
Se tem um setor que está crescendo rápido, é o de créditos de carbono. A estimativa é que, até 2030, o volume global de negociações ultrapasse US$ 50 bilhões.
Empresas que investem na compensação de carbono e preservação ambiental têm acesso a financiamentos internacionais e conquistam um lugar de destaque nesse novo cenário.
No Brasil, a CPR Verde – regulamentada pelo Decreto n.º 10.828/2021 – permite que produtores rurais e empresas consigam recursos para a conservação de florestas e biomas.
A CPR Verde (Cédula de Produto Rural Verde) é um título financeiro criado para incentivar a preservação ambiental no setor agropecuário.
Diferente da CPR tradicional, que está ligada à produção agrícola, a CPR Verde permite que produtores rurais obtenham recursos financeiros ao se comprometerem com a conservação de florestas e biomas nativos.
O Grupo BMV foi pioneiro na estruturação desse sistema, garantindo segurança e transparência nas transações.
Para quem ainda tem dúvida se investir na sustentabilidade vale a pena, é só olhar os dados:
✅ Empresas que adotam práticas sustentáveis registram crescimento médio de 28% na receita anual.
❌ Empresas que ignoram essa agenda veem sua participação de mercado cair até 40%.
A B3, junto com a ACX Group, lançou uma plataforma para negociação de créditos de carbono, conectando investidores internacionais a projetos brasileiros. E o Brasil, com sua enorme área preservada, pode se tornar um dos maiores fornecedores de créditos de carbono do mundo.
A verdade é uma só: sustentabilidade não é só um diferencial – virou exigência para quem quer se manter competitivo.
Empresas que investem em tecnologias limpas, certificações ambientais e compensação de carbono garantem acesso a crédito, conquistam consumidores e fortalecem sua posição no mercado.
Quem insistir em práticas ultrapassadas vai perder espaço. A economia global está mudando e, para ficar relevante, é preciso acompanhar essa nova realidade. A CPR Verde – B3 e o mercado de créditos de carbono estão aí para ajudar empresas e produtores a unir lucratividade e preservação ambiental.
*Joaquim J. M. Mattar é advogado e gestor em negócios ambientais sustentáveis; e-mail para contato: mattaresgbrasilcarbono@aol.com